Acreditando ser mais esperto do que os
outros, já no início do mês compareci ao supermercado para fazer
as principais compras do mês! Quem dera!
Por Klauber Cristofen Pires
O economista e filósofo Ludwig von Mises
jamais caiu na conversa dos sujeitos engomadinhos com suas fórmulas
estatísticas complicadíssimas. Assim certa vez ele se exprimiu:
Uma
dona de casa judiciosa sabe mais sobre mudanças de preços que
afetem sua economia doméstica do que lhe poderiam ensinar as médias
estatísticas. Para ela, de pouco adiantam cálculos feitos sem
considerar as mudanças tanto em qualidade quanto em quantidade dos
bens que ela pode adquirir aos preços utilizados para calcular o
índice. Se, numa apreciação pessoal, ela ‘‘medir’’ as
mudanças, considerando apenas os preços de duas ou três
mercadorias como um padrão, não estará sendo menos ‘‘científica’’
e nem menos arbitrária do que matemáticos sofisticados ao escolher
os seus métodos para computar os dados do mercado.
Pois,
não é outro o espírito que me animou a fazer toda a feira do mês
de uma só vez, logo no início do mês, que não a percepção clara
de que o processo inflacionário em curso no Brasil já não nos
deixa margens para o comodismo. Precisamos nos defender como pudermos
com estes voláteis pedaços de papel pintado sem valor intrínseco
que o governo nos enfiou goela abaixo e que chama de dinheiro!
Mas,
ora vejam! Que tolice a minha pensar que sou melhor economista do meu
dinheiro do que cada pai e mãe de família com o deles! Resultado:
voltamos todos à fila! E não é porque estamos na Semana Santa não...já há tempos venho constatando o número crescente de pessoas que só fazem transportar seu numerário do caixa eletrônico bancário para o caixa dos supermercados.
Já houve quem me dissesse: "- estou com medo de ser acusado de agir como laranja!" Ao que perguntei o porquê, me respondeu "-Sim, laranja do meu próprio dinheiro!".
A
fila! Ah, a fila, esta esquecida que não nos esquece, feito tia
velha do interior que de tempos em tempos vem com suas tralhas e
aquele primo chato de galocha passar “uns tempos” conosco!
A
classe média passou como pôde sem ter de enfrentar as filas, mas
elas já se mostram inevitáveis nos supermercados, nos médicos e
hospitais (mesmo com plano de saúde), nos postos de gasolina, nos
aeroportos, e nos concursos públicos – estes últimos, quem sabe –
a causa de todas as outras filas.
Passou-se
o tempo. Ainda me lembro de o comemoramos com frango e bolo de R$
1,00! Quanto está mesmo o frango hoje?
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