Reproduzo aqui abaixo a resposta publicada por Joana Schmitz, a mãe da doce menina Vitória de Cristo, sobre levianas acusações de farsa publicadas pelo site G1.
Pois eu digo uma coisa aos sonsos e velhacos: Do lado de cá não usamos da farsa! Farsantes são vocês, os defensores do aborto, que não param um minuto de tentar passar suas ideias espúrias por meio de números forjados e argumentos dissimulados!
Ah, e ao sabichão que anda rondando este blog: aproveite para visitar o blog da Joana, Nossa amada Vitória de Cristo, que graças a Deus está com mais de 2000 seguidores, para conhecer também outras crianças diagnosticadas com acrania e anencefalia que estão vivas e serelepes!
Aos queridos leitores: visitem o blog deles e deem-lhes palavras de amor, apoio e até mesmo de agradecimento, pelo grande exemplo como pais e pela coragem de se exporem ao público pela defesa da vida!
Klauber Cristofen Pires
sábado, 14 de abril de 2012
Site G1 publica matéria tendenciosa, cheia de erros sobre Vitória e incita o preconceito
Por Joana Schmitz
Você sabe qual é a diferença entre Deus e os
médicos?
Deus
sabe que não é médico.
(piada
recolhida da nossa sábia cultura popular)
Gostaria
de alertar nossos leitores que o site
G1 publicou uma notícia sobre a Vitória com
várias informações equivocadas e em meu entendimento extremamente
tendenciosa e preconceituosa.
Primeiramente,
tenho sempre deixado claro que o diagnóstico pré-natal da Vitória
foi de acrania, com prognóstico de anencefalia. Ela
recebeu a confirmação do diagnóstico de anencefalia ao
nascer, e não durante a gestação. Outra informação errada no
texto é que ela nasceu com couro cabeludo, o que não ocorreu. Ela
nasceu sem calota craniana e sem couro cabeludo e necessitava de
um curativo oclusivo da região cefálica. Ela hoje tem couro
cabeludo devido a uma cirurgia reparadora feita aos 4 meses de vida
extra-uterina (tudo isso está informado aqui no blog, era só terem
checado antes de publicar a matéria).
Outro
fato grotesco da reportagem é criar uma nova modalidade, a de
consulta médica por meio de um jornal - especialistas convidados a
dar um diagnóstico para a Vitória sem nunca tê-la examinado ou
sequer visto exames seus (se a novidade der certo, eles poderiam
criar uma coluna especial para dar diagnósticos pré-natais de
anencefalia pela internet também).
Estes
"especialistas" afirmam que a Vitória é uma sobrevida
vegetativa e tal informação, tão séria para ser dada publicamente
por meio de um jornal da internet por "especialistas" que
nunca a examinaram, tem gerado inúmeros comentários ofensivos e
preconceitusos, vejam bem, contra uma criança de dois anos, e o site
tem permitido tais comentários livremente.
Lembro
a todos que tudo que o site diz que a Vitória faz "segundo a
mãe" (dando a entender que essa mãe é uma ignorante que está
imaginando ou inventando que sua filha "vegetativa"
reage a estímulos e tem vontades) pode ser comprovado aqui por este
blog, por vídeos e por inúmeras testemunhas que a conhecem: sorrir,
sentir dor, chorar, tentar engatinhar, etc. Alucinação coletiva?
Photoshop?
Mas
o ápice da matéria é o momento em que o Sr. Thomas Gollop,
especialista em médica genética da Universidade de São Paulo
(USP), de quem Vitória nunca foi, não é e, graças a Deus, nunca
será paciente, dá uma consulta gratuita por meio do site (ou
será que o site pagou pela consulta?) para fechar o diagnóstico da
minha filha. Lembrando ainda que nunca autorizei esse médico a dar
informações públicas sobre o estado clínico de minha filha, a
quem ele nunca examinou.
"É uma variante da anencefalia que também é morte cerebral e, portanto, é um caso em que o prognóstico está fechado, não há tratamento e há morte certa e em caso maior ou menor todos eles caminham para óbito, todos eles são definidos pelo Conselho Federal de Medicina como morte cerebral. [...] Entra no âmbito das mal formações incompatíveis com a vida. O caso dela ainda assim é incompatível com a vida, a morte dela é certa do mesmo jeito, é uma sobrevida vegetativa e há um diagnóstico médico seguro de morte", afirmou Gollop.
Interessante, será que o Sr. Gollop, além do que me parece aqui estar tentando se colocar no lugar de Deus e definir que a morte de minha filha é certa, também se considera agora imortal? Acaso ele nunca vai morrer? Acaso a morte de todos nós, reles seres humanos, não é também certa? Ou será que o jornalista se enrolou junto com ele e o que saiu foi esse parágrafo truncado e sem nexo?
Além
de a medicina ter errado no caso da Vitória, dizendo que ela era
incompatível com a vida extra-uterina, o Sr. Gollop parece insistir
insanamente neste erro para não se contradizer, e afirma ainda
que a Vitória tem morte cerebral! Para ele minha filha está morta,
é isso mesmo? Desde janeiro de 2010 estou aqui escrevendo a história
de vida de uma criança com morte cerebral - que estando nesta
condição de "sobrevida vegetativa" já viveu tantas
aventuras, desafios, já obteve vitórias inacreditáveis, já viajou
de avião do sul ao centro-oeste, já fez tanta gente sorrir e chorar
de emoção e mudou a concepção de incontáveis pessoas
sobre a vida e sobre o amor, sim, para ele, isso é tudo é
coisa da nossa cabeça?
Não
sei se o mais grave neste caso é a falta de seriedade jornalística
ou médica.
Vejam na reportagem abaixo do site Uol como o Sr. Gollop mudou o tom do seu discurso e rapidamente acharam uma nova palavra para descrever casos raros como a da Vitória.
Só para encerrar essa triste postagem no meio de tanta luz e beleza deste blog - me desculpem, às vezes lamentavelmente isso é necessário - um leitor do site que se apresenta como Carlos faz o seguinte comentário: "uma planta deve ter mais sentimento do que ela, infelizmente". Acaso, Sr. Carlos, você já acordou de madrugada com uma planta chorando de cólica? Você já pegou uma planta no colo e ela abraçou seu pescoço bem apertado até você sentir sua respiração bem próxima ao seu peito? Você já fez carinho em uma planta e ela sorriu e suspirou? Você já teve dificuldade em limpar as orelhas de uma planta porque ela tentava fugir de você e empurrava sua mão? Viva à evolução da botânica.
Essa é a nossa ignorante cultura da internet, cada um escrevendo o que quer, sem informação, sem base, sem escrúpulos e sem respeito. Esse é o preconceito velado aflorando com toda a força em nossa sociedade, do desprezo pelos fracos, pelos deficientes, do ser humano descartável.
Entramos em contato com o site G1 hoje pedindo correções da matéria e exclusão dos comentários ofensivos, ameaçando inclusive uma ação judicial, eles ficaram de nos retornar, o que obviamente não fizeram. Não seriam tão sérios a esse ponto. Só me resta aqui pedir aos queridos leitores que conhecem a Vitória que a defendam dessa gente ignorante e preconceituosa, porque eu aqui estou a lhe amar e lhe proteger de todo esse mal que há nesse injusto mundo.
Agradeço
inclusive minha irmã que a tem defendido fielmente e confrontado
toda a monstruosidade desses comentaristas levianos.
Por hoje é só.
Já vi que o Senhor nunca irá aceitar um Estado Laico, nem entende o que é isso, acha que sua religião está acima disto.
ResponderExcluirE repito pela ultima vez, pois não pretendo mais atrapalhar o blog. O Estado não está proibindo nenhuma mãe de ter o filho anencefalo (mesmo que este "viva" em um estado vegetativo, na maioria dos casos, por minutos depois do parto).
E para encerrar, o senhor, não mostra tanto assim o seu "amor" incondicional pelo próximo, chamando leitores que discordam de você, de sonsos.