De que serve aos democratas entregarem seus pares de bandeja aos seus inimigos, com tanta solicitude, se em contrapartida nenhum ato de efetiva oposição desenvolvem?
Por
Klauber Cristofen Pires
Os
leitores já devem ter conhecimento, aliás, às náuseas, das
acusações que pesam sobre o Senador Demóstenes Torres, do partido
Democratas, do Distrito Federal, de tal forma que se me desincumbo de
entrar em detalhes.
Alguns
conhecidos do meu convívio têm cobrado de mim alguma palavra sobre
o caso e sobre a corrupção. Como tenho dito desde há um bom tempo,
desinteresso-me deste assunto com um ar “misto de desprezo com
enfado”. Coloquei entre parênteses por se tratar de uma observação
que considerei até hilária, conquanto talvez acertada, provinda das
observações de um amigo sobre meu modo de agir perante certas
situações – esta, por sinal.
A
corrupção é um dado do grau de socialismo vigente em um país.
Quanto mais socialismo, mais corrupção. Simples assim.
Senão,
vejamos o fato: o governo brasileiro explora o jogo em regime
monopolístico, a cargo da Caixa Econômica Federal. Consideremos
quantos atos de corrupção já houve relacionados às suas
diferentes loterias, desde os anões do orçamento até mesmo ao
viciamento dos resultados.
Tomemos,
olhem lá, o requinte e o estado da arte da corrupção de Carlinhos
Cachoeira, ao afirmar peremptoriamente ao incrédulo – e até em
certa medida, ingênuo - Senador Demóstenes Torres, a atuar como seu
procurador, que ele deseja sim é que o jogo ilegal deixe de ser
enquadrado como contravenção seja tornado crime!
Bandidos
e empresários, uma vez mancomunados com políticos, jamais querem as
coisas abertas e descomplicadas a todos. A diferença entre Carlinhos
Cachoeira e os 27 intocáveis que Dilma convocou recentemente reside
apenas na área de atuação de cada um.
Sou a
favor da liberação do jogo, e sou a favor que o jogo seja proibido
ao governo. Todavia, não sou um defensor das relações do Sr
Demóstenes Torres com Carlinhos Cachoeira, pelo triplo motivo de que
um político não deve agir como procurador de ninguém, de que o
jogo privado é ilegal e de que Carlinhos Cacheira é um mafioso,
como já demonstrado.
Tendo
acompanhado sua carreira política até com alguma admiração,
repudio suas atividades ilícitas que desvalorizam o seu passado.
Agora,
vamos à questão: Faz certo o partido Democratas em apressar-se no
afã de livrar-se do senador acusado de corrupção? A mim, parece
justo, embora um tanto incompleto.
Abstraindo-nos
do fato de que até hoje nenhum petista começou a pagar por seu
“malfeitos”, malgrado tantas evidências e tantos flagrantes, só
para reivindicarmos um “direito de fila”, pergunto aos democratas
de que serve entregarem seus pares de bandeja aos seus inimigos, com
tanta solicitude, se em contrapartida nenhum ato de efetiva oposição
desenvolvem.
Do
jeito como os Democratas se comportam, há de se lhes comparar aos
patinhos das bancadas de tiro ao alvo dos parques de diversão. Não
fazem nada, a não ser disporem-se em fila para esperarem, cada um,
serem alvejados sob os risos frouxos dos seus algozes.
Tanta
demanda há com que se ocuparem! Tantos instituições têm nascido
em prol da defesa da vida, da liberdade e da propriedade! Tantos
escritores, pesquisadores e blogueiros têm produzido um excelente e
enorme material com que os democratas pudessem se nutrir!
Mas
quê! Tudo o que fazem é grasnar e abanar os rabinhos, e esperar
pelo próximo tiro! Que sorte de masoquismo, gente!
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