terça-feira, 3 de abril de 2012

Os Democratas e os patinhos-alvos dos parques de diversões


De que serve aos democratas entregarem seus pares de bandeja aos seus inimigos, com tanta solicitude, se em contrapartida nenhum ato de efetiva oposição desenvolvem? 
Por Klauber Cristofen Pires

Os leitores já devem ter conhecimento, aliás, às náuseas, das acusações que pesam sobre o Senador Demóstenes Torres, do partido Democratas, do Distrito Federal, de tal forma que se me desincumbo de entrar em detalhes.
Alguns conhecidos do meu convívio têm cobrado de mim alguma palavra sobre o caso e sobre a corrupção. Como tenho dito desde há um bom tempo, desinteresso-me deste assunto com um ar “misto de desprezo com enfado”. Coloquei entre parênteses por se tratar de uma observação que considerei até hilária, conquanto talvez acertada, provinda das observações de um amigo sobre meu modo de agir perante certas situações – esta, por sinal.
A corrupção é um dado do grau de socialismo vigente em um país. Quanto mais socialismo, mais corrupção. Simples assim.
Senão, vejamos o fato: o governo brasileiro explora o jogo em regime monopolístico, a cargo da Caixa Econômica Federal. Consideremos quantos atos de corrupção já houve relacionados às suas diferentes loterias, desde os anões do orçamento até mesmo ao viciamento dos resultados.
Tomemos, olhem lá, o requinte e o estado da arte da corrupção de Carlinhos Cachoeira, ao afirmar peremptoriamente ao incrédulo – e até em certa medida, ingênuo - Senador Demóstenes Torres, a atuar como seu procurador, que ele deseja sim é que o jogo ilegal deixe de ser enquadrado como contravenção seja tornado crime!
Bandidos e empresários, uma vez mancomunados com políticos, jamais querem as coisas abertas e descomplicadas a todos. A diferença entre Carlinhos Cachoeira e os 27 intocáveis que Dilma convocou recentemente reside apenas na área de atuação de cada um.
Sou a favor da liberação do jogo, e sou a favor que o jogo seja proibido ao governo. Todavia, não sou um defensor das relações do Sr Demóstenes Torres com Carlinhos Cachoeira, pelo triplo motivo de que um político não deve agir como procurador de ninguém, de que o jogo privado é ilegal e de que Carlinhos Cacheira é um mafioso, como já demonstrado.
Tendo acompanhado sua carreira política até com alguma admiração, repudio suas atividades ilícitas que desvalorizam o seu passado.
Agora, vamos à questão: Faz certo o partido Democratas em apressar-se no afã de livrar-se do senador acusado de corrupção? A mim, parece justo, embora um tanto incompleto.
Abstraindo-nos do fato de que até hoje nenhum petista começou a pagar por seu “malfeitos”, malgrado tantas evidências e tantos flagrantes, só para reivindicarmos um “direito de fila”, pergunto aos democratas de que serve entregarem seus pares de bandeja aos seus inimigos, com tanta solicitude, se em contrapartida nenhum ato de efetiva oposição desenvolvem.
Do jeito como os Democratas se comportam, há de se lhes comparar aos patinhos das bancadas de tiro ao alvo dos parques de diversão. Não fazem nada, a não ser disporem-se em fila para esperarem, cada um, serem alvejados sob os risos frouxos dos seus algozes.
Tanta demanda há com que se ocuparem! Tantos instituições têm nascido em prol da defesa da vida, da liberdade e da propriedade! Tantos escritores, pesquisadores e blogueiros têm produzido um excelente e enorme material com que os democratas pudessem se nutrir!
Mas quê! Tudo o que fazem é grasnar e abanar os rabinhos, e esperar pelo próximo tiro! Que sorte de masoquismo, gente! 

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