Nota de LIBERTATUM: Imagine uma classe de alunos onde todos recebem nota dez, ou onde os jogos esportivos terminam sempre em empate. É o movimento politicamente correto que está causando um verdadeiro desastre na educação das crianças americanas. O artigo abaixo, escrito como parte de um debate sobre a importância da competição nas escolas, é um alerta para esta praga que em breve há de invadir o Brasil, como tudo o que é ruim que temos a trouxa alegria de importar.
Por Jimmy Flatbush
Tem se tornado uma tradição
anual na América o que merece a mesma pompa e circunstância dadas
ao filme Feitiço
do Tempo. Homens e mulheres melancólicos vagarosamente se
dirigem a um palanque. Eles tentam explicar os resultados de um outro
estudo que mostra os estudantes americanos ficando atrás de seus
rivais ao redor do mundo. Os sábios do ensino superior apresentam
ideias tais como o esticamento do calendário escolar, o aumento de
trabalhos de pesquisa, e a eliminação das atividades
extracurriculares no lieu dos cursos acadêmicos adicionais.
Tal como a marmota do filme, que sua sombra, os homens e mulheres
fogem do palanque antes de explicar claramente as razões reais pelas
quais a educação na América se encontra em declínio. O
Politicamente correto tem ido muito longe no papel de preparar o
campo para todos os estudantes.
O movimento para eliminar a
competição das salas de aula começou há cerca de trinta anos
atrás. Contudo, a educação influenciada pelo PC tem encontrado seu
pico nos últimos dez anos. Uma professora em Saint Louis distribui
um “A” (nota máxima) para cada membro de sua sala porque ela não
quer “ferir os sentimentos de ninguém”. Os administradores do
distrito escolar de Denver orientam os professores de educação
física que eles não devem declarar os vencedores e os perdedores
depois dos eventos competitivos. A Califórnia, o bastião da
correção política, promove a igualdade entre os estudantes
garantindo que cada estudante tenha uma oportunidade de participar
nos esportes do nível secundário. Vem chegando rápido o dia no
estado dourado (N.T.: a Califórnia) em que o único resultado
aceitável de um evento esportivo seja um zero a zero.
O fato de nós mesmos
estejamos mantendo esta discussão demonstra o quão longe a América
tem decaído em educar as suas crianças. Já é suficientemente ruim
que nós despejemos sobre as cabeças das crianças artifícios que
absolutamente não têm nenhum apoio ou base no desempenho em sala de
aula. Nós os mimamos quando as coisas vão mal, dizendo a elas que
responsabilidade é um palavrão. Nós ficamos ao lado delas
durante as disputas com os professores e administradores, mesmo
quando a falta notoriamente recai sobre os seus ombros. Mais ainda,
nós temos tacitamente aceitado o novo mantra de que a competição é
maléfica aos estudantes, quando deveríamos lhes explicar que a
competição os prepara para a vida no mundo real, independentemente
de qual seja a vocação eles escolham seguir. Quando nossas
crianças entram no mundo real, o disparate “eu estou ok, você
está ok do movimento politicamente correto irá minar seu
desenvolvimento pessoal e profissional.
A competição na escola é
salutar aos estudantes. Ela desenvolve a resiliência sempre que eles
não conseguem vencer em um evento competitivo, seja uma corrida de
longa distância ou um concurso de soletração. A derrota tem sempre
agido como o motivador principal para muitos dos grandes realizadores
na história americana. As crianças têm de aprender como
recuperar-se nas adversidades, porque ela nos espreita e praticamente
cada canto do mundo real. Não obstante, não é somente a derrota
que pode nos fornecer lições. A vitória compassa a direção e a
perspicácia que levam ao sucesso. Os estudantes aprendem sobre a
importância do trabalho duro quando desenvolvem um conjunto de
fortes habilidades. A vitória também permite aos estudantes formar
uma humildade altruísta, uma qualidade que tem decaído
dramaticamente em nossa cultura “na sua cara”.
Imaginem uma reunião de
executivos onde os membros mais influentes de uma companhia devam
escolher um vencedor em uma campanha de relações públicas. Os CEO
da companhia não declaram “Vocês todos são igualmente
impressionantes. Nós daremos a cada um de vocês o trabalho de criar
a campanha”. Os corretores das bolsas de valores não dividem
igualitariamente uma bonança financeira. Os juízes da Liga Nacional
de Futebol (N.T.: futebol americano) não jogam a moeda para o alto e
dizem: cara, você ganha, coroa, você ganha”. A competição
floresce em praticamente toda ocupação, incluindo as que empregam
artistas e escritores excêntricos. O abismo entre o sistema
americano de educação e o mundo profissional cresce e se alarga a
cada ano politicamente correto que passa.
Nós precisamos é de mais
competição nas escolas, não menos. Precisamos ensinar às nossas
crianças como vencer com dignidade, e como perder com graça.
Precisamos ensinar a uma criança que a falha não significa o fim do
mundo, mas o começo de uma nova jornada. Nós deveríamos
orgulhosamente mostrar casos exemplares de como a competição
melhora o caráter de um estudante e como ela motiva as pessoas a
alcançar a grandeza. Finalmente, nós precisamos expulsar o lixo
politicamente correto que tem se infiltrado em nosso sistema
educacional e envenenado os sonhos das nossas crianças.
Tradução de Klauber Cristofen Pires
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