Em março, vendas no varejo crescem 0,2% e receita nominal sobe 0,3%
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Por Ricardo Bergamini
Em março, o comércio varejista do país registrou crescimento de 0,2% no volume de vendas e 0,3% na receita nominal, em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Tanto para o volume como para a receita de vendas, tais resultados se apresentam superiores às taxas do mês anterior. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 12,5% sobre março do ano anterior, 10,3% no acumulado do trimestre e 7,5% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 15,4%, 13,9% e de 12,1%, respectivamente.
Entre as dez atividades, seis têm variação negativa
Em março, seis das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados negativos para o volume de vendas com ajuste sazonal (indicador mês/mês). Os resultados foram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos(2,3%); Móveis e eletrodomésticos (1,2%); Tecidos, vestuário e calçados (0,8%);Material de construção (0,3%); Combustíveis e lubrificantes (-0,3%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%); Veículos e motos, partes e peças (-1,4%);Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,9%) eLivros, jornais, revistas e papelaria (–7,1%).
Já na relação março12/março11 (série sem ajuste), todas as atividades do varejo obtiveram resultados positivos no volume de vendas. Por ordem de importância no resultado global, as variações foram as seguintes: 12,2% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 21,2% para Móveis e eletrodomésticos; 14,1% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 30,5% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 9,8% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 5,0% para Combustíveis e lubrificantes; 4,1% para Tecidos, vestuário e calçados; e 4,4% em Livros, jornais, revistas e papelaria.
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 12,2% no volume de vendas em março sobre igual mês do ano anterior, continua a proporcionar a principal contribuição à taxa global do varejo (46%). Em termos acumulados, a taxa para os primeiros três meses do ano foi de 11,3%, e para os últimos 12 meses, de 6,1%.
Móveis e eletrodomésticos, com variação de 21,2% no volume de vendas em relação a março do ano passado, registrou o segundo maior impacto na formação da taxa do varejo (30%). No acumulado do trimestre a taxa foi de 15,9% e nos últimos 12 meses, de 16,4% .
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com variação de 14,1% na comparação com março de 2011, foi a terceira maior participação na taxa global do varejo. As taxas acumuladas no trimestre e nos últimos 12 meses foram de 10,8% e 10,0%, respectivamente.
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo quarto maior impacto na formação da taxa global, obteve acréscimo no volume de vendas, em março, da ordem de 30,5% sobre igual mês do ano passado. A taxa acumulada no ano foi de 32,2%, e nos últimos 12 meses, de 24,8%.
Varejo ampliado cresce 0,6% em março
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades deveículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou variação de 0,6% em relação ao mês anterior (com ajuste sazonal), tanto para o volume de vendas quanto para a receita nominal. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 10,2% para o volume de vendas e de 12,0% para a receita nominal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses o setor apresentou taxas de variação de 7,3% e 6,7% para o volume e 9,4% e 9,2% para a receita nominal de vendas, respectivamente.
No que tange ao volume de vendas, a atividade de veículos, motos, partes e peçasregistrou variação de -1,4% em relação a fevereiro, sendo o terceiro resultado negativo do ano. Comparando com março do ano anterior, a variação foi de 5,4%. Em termos de acumulados, as variações foram de 1,0% no trimestre e 4,8% nos últimos 12 meses.
Resultados foram positivos em todos os estados na comparação com março de 2011
Todas as 27 unidades da federação apresentaram resultados positivos na comparação com março de 2011 em relação ao volume de vendas. Os destaques foram: Roraima (24,8%); Tocantins (22,4%); Amapá (21,9%); Mato Grosso do Sul (19,1%) e Paraná (18,3%). Quanto à participação na composição da taxa docomércio varejista, sobressaíram-se, pela ordem: São Paulo (12,9%); Minas Gerais (12,9%); Rio Grande do Sul (16,6%); Paraná (18,3%) e Rio de Janeiro (8,3%).
Já em relação ao varejo ampliado, apenas o Espírito Santo apresentou resultado negativo, com variação de -1,9%. As maiores taxas de desempenho no volume de vendas foram verificadas em Tocantins (21,7%); Paraíba (19,0%); Minas Gerais (14,7%); Pernambuco (14,5%) e Pará (14,3%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (12,0%); Minas Gerais (14,7%); Rio de Janeiro (7,8%); Paraná (11,2%) e Rio Grande do Sul (9,5%).
Os resultados com ajuste sazonal, para o volume de vendas, apontam 16 estados com resultados positivos na comparação mês/mês anterior. As maiores variações foram: Acre (3,7%); Espírito Santo (2,1%); Pará (1,6%); Amazonas (1,5%) e Rio Grande do Sul (1,3%).
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
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