Acaba de ser aprovado na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados o projeto de lei nº 1448/11, que, dentre outras restrições, proíbe a entrada de menores em clubes de tiro ou mesmo sua participação em aulas voltadas à modalidade, chegando a subverter a lógica, ao exigir que antes do primeiro disparo o pretenso atleta já tenha Certificado de Registro ou autorização para porte de arma.
De autoria do deputado “Dr. Rosinha” (PT/PR), cuja ideologia, de fato, jamais permitiu nutrir qualquer expectativa positiva, o texto da proposta é recheado de justificativas fantasiosas, que somente quem não tem o mínimo conhecimento sobre o Tiro Desportivo poderia imaginar. Porém, mais surpreendente é a constatação de que o parecer favorável partiu de um ex esportista, o deputado Danrlei de Deus (PSD/RS), que culminou sendo o grande responsável pela sua aprovação, demonstrando, também ele, total desconhecimento sobre esse esporte e verdadeiramente contribuindo para sua extinção. Para piorar o que já estava muito ruim, esse famigerado parecer ainda contou com o apoio de outro grande ex desportista, o hoje deputado Romário (VEJA O VÍDEO AQUI).
Os deputados Danrlei de Deus e Romário devem ser criticados? Claro! E para isso deixamos os contatos ao final deste texto, a fim de que todos os esportistas e entusiastas do tiro deixem clara sua indignação.
Porém, não se pode concentrar apenas em um ou dois – queremos crer - desinformados parlamentares as críticas por proposta tão absurda. É imperativo questionar: onde estão as entidades representativas dos Atiradores Desportivos, em especial as confederações? O que estão fazendo para realmente proteger o Tiro da sanha ditatorial do “politicamente correto”? Como é possível deixar uma proposta assim tramitar sem nenhuma interferência com os parlamentares? De novo, diversas perguntas e carência de respostas.
O PL, por seu tema, foi aprovado na comissão mais importante e este “estrago” é irreversível. Todavia, ele terá ainda um longo percurso, por outras comissões e o próprio plenário, quando as entidades do Tiro Desportivo deverão – sim, deverão, pois têm a obrigação legal e moral de defender aqueles que em tese deveriam representar – se fazer atuantes, combatentes, mostrando-se contrárias a tal descalabro. Se continuarem a acreditar em fábulas, tal qual o Coelho da Páscoa, o Papai Noel ou mesmo a velha cantilena do “não será aprovado” e do “tem gente lá brigando por isso”, contribuirão de forma decisiva para o fim do Tiro Desportivo no Brasil. ACORDEM E SE MEXAM! Não há outro momento ou um “depois” nessa história.
O Brasil ficou menor, mais feio e muito mais medíocre, graças à políticos despreparados e pessimamente assessorados, contando com a incompreensível inércia daqueles que deveriam defender os Atiradores Desportivos mas que, em verdade, mostram-se infalíveis apenas no envio das cobranças de suas mensalidades e anuidades àqueles que são hoje obrigados a se manter filiados para preservarem sua condição de atiradores.
O Movimento Viva Brasil não se afastará dessa luta, como não tem se afastado da incessante defesa do Tiro Desportivo; estaremos acompanhando a tramitação ainda vindoura do projeto e procurando convencer os parlamentares que a apreciarão de seu desacerto. Contudo, uma discussão no campo estritamente desportivo, com afetação direta de toda uma modalidade, não pode ser travada sem envolvimento daquelas que, por lei, são as entidades de administração do esporte. Estejam, pois, convocadas, antes que a derrota seja irreversível.
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