Em breve, todas as escolas brasileiras do ensino fundamental e médio, isto é, as públicas e as privadas, serão obrigadas a reservar duas horas mensais de exibição de filmes nacionais: é a educação a passos largos para o brejo!
Por Klauber Cristofen Pires
Olhem que sinecura! Imagine você criar um negócio no qual as pessoas são obrigadas a comprar seus produtos!
Estamos diante da ditadura dos produtores cinematográficos: Não basta-lhes os financiamentos a fundo perdido da Ancine, nem mesmo o mercado consumidor obrigatório das tv's pagas; agora até mesmo as escolas terão de pagar para exibir suas suas nauseabundas películas.
A educação brasileira merece todos os créditos por seus sinceros esforços em se tornar a pior do mundo: nossas crianças formam-se sem saber fazer as quatro operações matemáticas básicas; metade delas desconhece onde fica o Brasil; ensinam-lhes que escrever errado é o certo; recebem intenso assédio sexualista; e agora, estão à mercê de suportar os indigestos filmes nacionais, onde a tônica será a doutrinação ideológica e o efeito colateral a disseminação dos palavrões e baixarias.
A autoria desta extrema ridicularia vem do senador
Cristovam Buarque (PDTDF), na forma do PL 7507/2010 (alguma surpresa?), e já foi aprovado por unanimidade pela CEC
(Comissão de Educação e Cultura). Neste momento, está tramitando na CCJC (Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania).
Não se esperam modificações profundas em sua proposta, até mesmo porque é bastante lacônica, consistindo apenas de um parágrafo aditivo ao artigo 26 da Lei 9394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, com a seguinte redação: "A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais.”
Para quem duvida das intenções dos legisladores em incutir a doutrinação ideológica, basta conferir o que afirma o senador
Buarque em seu site: “o cinema é a arte que
mais facilidade apresenta para ser levada aos alunos nas escolas” e
que “os jovens que não têm acesso a obras cinematográficas ficam
privados de um dos objetivos fundamentais da educação: o
desenvolvimento do senso crítico”.(Band - os grifos são meus.
Esse é o futuro das cotas... Ainda seremos, pessoas físicas e jurídicas, a contratar cotistas, porque apenas as cotas nas faculdades não serão suficientes.
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