A
Marcha das Vadias, que levou centenas de pessoas às ruas de
Copacabana, neste sábado (26), contra a violência sexual, teve
tumulto em frente à Igreja Nossa Senhora de Copacabana. Parte do
grupo tentou entrar na igreja e uma das manifestantes tirou a camisa,
ficando com os seios de fora no pátio do templo, o que provocou
revolta de algumas pessoas que assistiam a uma missa.
Por Roberto Cavalcanti
A PM
interveio e um policial chegou a usar gás de pimenta para dispersar
o grupo. Uma mulher ficou ferida levemente na mão. Ninguém foi
preso, e a marcha seguiu até a 12ª DP (Copacabana), de onde os
manifestantes voltaram para o ponto de partida, no Posto 4.
"Invadir
a igreja sem roupa eu acho desrespeito. Era uma missa de crianças,
elas não precisam ver isso", desabafou um frequentador da
missa. Já a manifestante Rogéria Peixinho, que estava fantasiada
como freira, explicou que a entrada no pátio da igreja não estava
no roteiro.
"A
manifestação na porta da igreja aconteceu de forma autônoma",
explicou ela.
A
passeata começou às 15h40 deste sábado, partindo do Posto 4, em
Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia
Militar, entre 400 e 500 pessoas seguiram a marcha. De acordo com os
organizadores, foram entre 1.000 e 1.500 participantes. (*)
(*)
A Igreja é aberta a todas as pessoas, pois Deus não faz acepção
de pessoas (Lc 20, 21). Tal ausência de distinção por Deus se dá,
no entanto, unicamente nas qualidades substanciais de cada ser
humano, como por exemplo sua raça, sua origem, seu sexo.
Fora
isso, Deus faz sim distinção de pessoas. Por conta disso, ninguém
pode invocar para si esta "ausência de distinção" para
que quaisquer comportamentos ou convicções pessoais sejam
albergados, pois a Igreja é uma instituição com uma doutrina
inegociável em questões de fé e moral.
A
Igreja tem sua doutrina e não é a doutrina que deve se adaptar ao
homem, mas o inverso. A Igreja abraça todos os pecadores que se
dispõem a renunciar a seus pecados e reconciliar-se com Deus, mas
não pecadores não-arrependidos, inveterados ou obstinados, como é
o caso destas mulheres que, na qualidade de 'vadias', ingressaram em
suas dependências. Logo, em conformidade com sua doutrina, a Igreja
não autoriza o ingresso de 'vadias' em suas dependências, pois há
nelas o propósito firme de escandalizar tanto suas cerimônias como
seus fiéis. Se a Igreja não autoriza a presença destas pessoas em
seus recintos, a lei civil não dispõe de outra forma, pois a
Igreja é uma pessoa jurídica de direito privado soberana em seus
regulamentos internos e não um espaço público qualquer. No
momento em que a pessoa ingressa na Igreja ela deve respeito às
suas regras internas. O mais absurdo é que nada foi feito pelas
autoridades diante do fato criminoso objeto da reportagem. Com
efeito, essas mulheres cometeram claramente o crime previsto no
artigo 208 do Código Penal: “Art. 208 - Escarnecer de alguém
publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir
ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar
publicamente ato ou objeto de culto religioso”.
Em
consonância com o que apregoa a doutrina moderna, o objeto tutelado
juridicamente pelo artigo 208 é a liberdade de crença e de função
religiosa (o sentimento religioso), impedindo que terceiros possam
obstruir a sua prática mediante manifestações ostensivas irônicas
ou maldosas. A perturbação da cerimônia se dá em tumultuar,
embaraçar ou atrapalhar cerimônia religiosa, não permitir que os
atos religiosos aconteçam de modo normal, agitação. Face ao fato
de se tratar de crime de forma livre, essas condutas podem se
corporificar mediante vaias, gritos, ruídos, violência.
Cezar
Bitencourt destaca que “perturba
a cerimônia ou a prática de culto religioso quem a tumultua,
desorganiza e altera seu desenvolvimento regular”
[1]. A ação penal será de iniciativa pública incondicionada, ou
seja, não depende da representação do ofendido para que o
representante do órgão do Ministério Público ofereça denúncia.
Não
obstante, as autoridades policiais não moveram um único músculo
no sentido de prender estas pessoas, demonstrando que nós católicos
fomos transformados em cidadãos de segunda classe, ainda que a
Constituição diga que todos somos iguais perante a lei.
Enquanto o Ministério Público se preocupa em blindar
pederastas em programas televisivos e
paparicar outros integrantes das chamadas "minorias
desfavorecidas", abandona suas funções precípuas de
persecução criminal, ao mesmo tempo em que os católicos, estes
sim desfavorecidos, amargam violações a seus direitos
fundamentais. Mas isto se dá, principalmente, por culpa dos
próprios católicos, pois, como já acentuaram santos padres da
Igreja, “Todos
os males do mundo são devidos aos católicos mornos”
(Papa São Pio V), “Toda
a força do reino de Satã é devido à indolência dos católicos”
(Papa São Pio X).
Indolentes,
ao invés da postura de enfrentamento, preferem acovardar-se,
limitando-se à passividade. Os católicos presentes na Igreja, que
deveriam ter o dever moral de conduzi-las em flagrante até a
delegacia mais próxima ou reclamar para que os policiais o
fizessem, exibiram o costumeiro derrotismo moral, limitando-se a
vagos protestos. Desta forma, a postura tíbia destes católicos
estimula a reprodução de fatos lamentáveis desta natureza num
futuro próximo.
Em
um país governado pela esquerda, o limite entre "democracia"
e bagunça é cada vez mais tênue. Numa tal atmosfera de desordem e
desrespeito, a libertinagem é a regra. As pessoas querem o direito
de contestar, mas acham que contestação é sinônimo de baderna e
vandalismo.
Notas:
[1] BITENCOURT, César Roberto. Código Penal Comentado (5ª edição, atualizado). São Paulo/SP: Editora Saraiva, 2009, p. 790
[1] BITENCOURT, César Roberto. Código Penal Comentado (5ª edição, atualizado). São Paulo/SP: Editora Saraiva, 2009, p. 790
Em toda causa de esquerda é assim: à esquerda é permitido tudo aquilo do que acusa seus adversários.
ResponderExcluir" As vadias são contra a violência. A invasão da igreja não estava previamente combinada." A organizadora fala uma batatada dessa como se isso diminuísse a gravidade do crime! Esse pessoal se complica a todo instante. Adultos infantilizados precisam responder pelos seus atos perante a justiça. Só assim eles cairão na real. O mensalão sendo julgado e, sobrevindo a condenação, pode significar um efeito cascata e por fim a muita coisa ruim no país.