Um estimado leitor atendeu ao apelo deste blogueiro e nos enviou três denúncias de livros contendo doutrinação ideológica escancarada. No caso, são dois livros da FTD, respectivamente, do 7º e 9º ano.
Confiram pelas imagens escaneadas que ele nos enviou (Cliquem sobre cada imagem para apreciá-las em tamanho maior):
No livro da 7ª série, os autores distorcem os fatos históricos de maneira a alimentar nos alunos uma visão maniqueísta de um Portugal mau e escravista em contraposição a um reino congolês manso e ingênuo.
Conquanto seja fato que o rei Affonso I tinha legítimas ambições desenvolvimentistas para o seu país (e sim, foram importados missionários e profissionais qualificados de Portugal), o comércio de escravos sempre se fez por mútua cooperação entre coroas portuguesa e congolesa. Não havia uma moral anti-escravista da parte de Affonso I. Vejam esta versão:
Afonso não repudiara o escravismo em princípio, mas em 1526 publicou um decreto para regulamentar e moderar a atividade.
Inicialmente, a escravidão limitava-se a prisioneiros de guerra, que eram suficientemente numerosos em decorrência das diversas batalhas locais e das contínuas disputas de fronteira.
Inicialmente, a escravidão limitava-se a prisioneiros de guerra, que eram suficientemente numerosos em decorrência das diversas batalhas locais e das contínuas disputas de fronteira.
Em alguns registros, o soberano africano reclama de certos clérigos que se preocupavam mais com o comércio escravagista do que com seus deveres sacerdotais, mas aí se vê mais uma reprimenda quanto à negligência de seus deveres eclesiásticos do que propriamente quanto à licitude do instituto da escravidão:
Observamos nas nossas fontes que o rei congolês se queixava, frequentemente, ao rei de Portugal, dos maus comportamentos dos colonos portugueses e de certos religiosos que se mostravam bem mais interessados pelo lucro, pelo comércio dos escravos, do que pela divulgação do Evangelho.Luiz Felipe de ALENCASTRO, O Trato dos Viventes… cit., pp.158-159.
Em outra ocasião, o rei Affonso I vem sim a reclamar junto ao Rei Dom Manuel, embora também não sobre a escravidão em si, mas sim sobre o que considerava como certos abusos, já que até mesmo nobres vencidos em guerras intertribais estavam sendo capturados.
Vamos agora ao livro do 9º ano: aqui se trata da história contemporânea, no qual vemos por primeiro uma página em que os autores procuram desqualificar a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, e por extensão, a todo o júbilo do povo pelo estancamento da revolução comunista em curso. A verdade é que os fatos foram noticiados amplamente, e os jornais da época são generosos em seus editoriais e em suas colunas de opinião sobre a aprovação popular pela intervenção militar de 1964:
A seguir, à pagina 110, os autores usam de um malabarismo retórico tão atrapalhado que tomba sobre sua própria mentira: Ao mesmo tempo que alegam que a violência do regime militar foi "tão grande", enaltecem o sequestro de diplomatas estrangeiros como uma forma civilizada e cidadã de mostrar ao mundo o que ocorria no país. Aff...
Como os leitores podem ver, a coisa não está nada fácil. Somente poderemos interromper o progresso da dominação cultural gramscista-marxista na sociedade brasileira se combatermos as investidas dos grupos de poder e influência atuais ao mesmo tempo em que ao mesmo tempo em que protegemos as novas gerações da lavagem cerebral.
Pais e mães: verifiquem os livros dos seus filhos. Mesmo em caso de alguma dúvida, escaneiem ou tirem foto digital das capas e das páginas onde vocês encontraram algo suspeito e enviem-me, para que eu possa avaliar e se for o caso, denunciar. É o futuro dos seus filhos que está em jogo! Vamos unir esforços!
Muito bom Kleber! Todavia, gostaria de fazer uma observação: a última imagem do post, onde vemos o autor falsificando o caráter terrorista dos militantes no sequestro do embaixador, pertence a um outro livro, cuja imagem esqueci de te enviar: trata-se do livro História - projeto Buriti, 5º ano, da editora Moderna. Estou te enviando a imagem deste livro por e-mail, junatamente com a algumas observações.
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